Índice
"Cada lágrima nos ensina
uma verdade." (Ugo Fóscolo)
“O
que pode haver de imprevisto para quem nada previu.” (Paul Valéry)
“A
vida é um rio sem rumo, você mostra a direção.” (GR Contestti)
Ivo Petry decidiu aproveitar as férias para mudar-se
com sua família para Toronto, sua filha Lucy não reclamou, afinal ela não tinha
amigos em Boston e queria conhecer um lugar diferente.
Lucy Petry era uma excelente escritora, escreveu os
mais lindos textos e poemas. Sabia tocar violão. Garota alegre, divertida,
contagiante, corajosa e original. O único problema é que nunca teve verdadeiros
amigos para compartilhar tanta alegria quando morava em Boston. Não houve
nenhum problema de ela e sua família mudarem de país, pois a mãe da garota era canadense.
Em Boston levou uma vida comum com seu pai e sua avó, Minnie. A garota era órfã
de mãe, mas isso não a impediu de ser tão feliz.
Lucy e sua família já estavam se acomodando na casa
nova, enquanto da casa visinha, saiam Rudolph, James e Bianca na direção da
árvore que tinha lá em frente.
– Olha lá, pessoal, novos vizinhos. – Rudolph falou
apontando na direção da nova casa de Lucy.
– Tem uma garota lá! Legal, vamos conhecê-la. – James
disse enquanto sentavam na grama verdinha de baixo da árvore.
– James! Seu louco! Nem conhece a garota, já está
querendo dar em cima dela. – disse
Bianca.
– Que
mal tem isso? Só quero conhecê-la. – James se defendeu.
– Ele
tem razão, Bia. E eu como vizinho tenho que ir lá. – Rudolph concordou
parcialmente com James.
– Com
licença, crianças. – Susan estava passando pelos meninos.
–
Aonde a senhora vai com essa torta mãe? – Rudolph curioso.
– Vou
falar com os nossos novos vizinhos. – respondeu Susan já um pouco distante da
árvore.
Susan
chegou à porta dos Petry e tocou a campainha e Ivo a atendeu.
–
Olá! Sejam bem-vindos! Eu moro aqui do ladinho de vocês.
– E o
seu nome é Susan! Não é? – Ivo a reconheceu, mas queria ter certeza.
–
Sim, esse é meu nome! Mas como sabe? – Susan perguntou procurando se em sua
roupa tinha seu nome escrito.
– Não
se lembra de mim, não é? Sou Ivo...
– Ivo
Petry? – Ela lembrou e foi convidada a entrar. – Ah desculpa, isso é pra vocês.
– Ergueu a torta para que Ivo a pegasse.
– Que
houve meu filho? Quem está ai? – era Minnie, mãe de Ivo, entrando na sala de
estar.
–
Mãe, é Susan, lembra dela? Estudou comigo...
–
Claro que lembro meu filho. Ela está uma mulher linda! Mas o que está fazendo
aqui? – Minnie perguntou.
– Sou
vizinha de vocês, dona Minnie. – Susan explicou.
–
Você está triste minha filha? – Minnie percebeu que Susan estava de alguma
forma abalada.
–
Estou viúva, dona Minnie, faz mais ou menos um ano. – Susan respondeu.
– Sinto
muito, minha filha! – Minnie lamentou ter tocado no assunto.
–
Tudo bem, não se preocupe...
–
Conheça minha filha Susan. LUCY! – Ivo gritou para chamar sua filha. – Desça,
filha.
– Que
foi, pai? – A garota desceu.
–
Susan está é Lucy. Lucy... – Ivo apresentou- as.
–
Bom, tenho que ir. Bem- vindos a Toronto! – Susan estava andando na direção da
porta, quando viu Rudolph e seus amigos pela janela disse:
–
Lucy, tenho um filho da sua idade, ele está lá fora com seus amigos, quer
conhecê-los?
–
Claro! – Lucy falou em tom eufórico!
...
Bianca
e os meninos estavam conversando sobre os melhores momentos que passaram juntos
quando Susan chegou para apresentar-lhes Lucy.
–
Crianças, esta é Lucy, filha do meu amigo Ivo.
–
Mãe, A senhora mal conhece o homem e ele já é seu amigo? – Rudolph perguntou confuso.
– Depois explico, Rudolph. Tchau! – Susan foi
para casa.
– Oi
Lucy, sou James. Está é Bianca...
– E
você já sabe o meu nome. – Rudolph interrompeu falando em tom humorado.
– Que
tal você nos falar um pouco sobre você? Depois falamos de nós.
Lucy
e Bianca ficaram muito amigas. Lucy não esperava fazer amigos tão rapidamente e
por sorte foi matriculada na mesma escola de seus novos amigos.
...
Joseph
estava muito ansioso para morar em Toronto com sua prima Lucy. Era um jovem
italiano, mas falava inglês, pois sua mãe, Anne Avosani, era estadunidense,
irmã de Ivo. Joseph e Lucy mantinham contato pela internet, nunca se viram
pessoalmente, mas sabiam cada passo que outro dava, pois além de primos, eram
bons amigos. Como sua prima, ele também é um bom escritor. Ele também mora com
seu pai, Andrea Avosani, e seu irmão, Luigi Avosani, que também é um grande
amigo seu.
O dia
da tão esperada viagem chegou. Joseph combinou com seu tio, Ivo para que Lucy
não soubesse da viagem, queria fazer uma surpresa para prima.
–
Lucy, eu vou fazer as compras, não demoro. – Ivo avisou a sua filha. Mentiu,
pois foi buscar Joseph no aeroporto. Já voltando, entraram silenciosamente.
Lucy estava em seu quarto lendo. Deixaram as malas na sala de estar e subiram
sem fazer barulho.
–
Filha? Posso entrar? – Ivo bateu a porta do quarto de Lucy.
–
Pode pai! – Ivo entrou. – O que o senhor quer?
– Eu?
Nada! Mas ele que falar com você... – Joseph entrou no quarto.
–
Joseph? Joseph. Joseph! – A garota correu para os braços do primo. Ficaram
abraçados por um bom tempo, Ivo estranhou, pois não sabia que já se conheciam
tão intimamente.
...
Início
das aulas. Muitos novatos e um intenso silêncio na sala de aula. Os únicos
veteranos da turma eram Bianca, James, Rudolph, Andrew, Clarck e Toby. Entre
tantos novatos estavam Lucy e Joseph, que ficava no canto da sala sozinho, não
queria papo com ninguém e Lucy ficou no lado de Bianca. Assim ficaram todo o
primeiro mês.
...
– Bom
dia, filha! – falou Bety.
– Oi,
mãe!
– Hoje eu não vou abrir a fábrica,
decidi tirar um tempo para nós duas, e sabe para onde vamos?
– Pra onde? – Bianca respondeu com outra pergunta, parecia curiosa.
– Pra onde? – Bianca respondeu com outra pergunta, parecia curiosa.
– Vamos ao shopping, vamos comprar tudo que
você quiser e pôr os papos em dia, que tal?
– Valeu
mãe! – a garota não conteve tanta emoção. – Mas agora preciso ir. Beijão,
mamãe.
Na
escola James fez um convite aos amigos.
– Oi
pessoal, hoje a tarde vai começar o Campeonato Interestadual de Vôlei. A nossa
escola vai participar e sediar a primeira partida. Quero que vocês venham
torcer por mim.
–
Claro que venho! – Rudolph confirmou o convite.
–
James, não prometo nada, vou falar com minha mãe.
– Ok!
No
fim da aula Bianca foi para casa perguntar a sua mãe se podia deixar o shopping
para mais tarde, pois queria assistir ao jogo do amigo...
–
Mãe! Mãeeeee! Mãe? –... Mas não a encontrou. Bianca revirou toda a casa e a
única coisa que encontrou foi a janela do quarto de Bety quebrada. – Cadê minha
mãe? – A garota estava nervosa, decidiu telefonar para seu pai. Mal conseguia
teclar.
–
Alô! – Ben atendeu.
–
Pai! Minha mãe sumiu! – Bianca disse suspirando.
–
Como sumiu? – perguntou o homem sem entender nada.
–
Sumiu pai. – a menina estava desesperada. – A janela do quarto dela está
quebrada.
–
Filha, me ouça. Não saia de casa e não mecha em nada. Estou indo ai.
– Tá
pai. Vem logo, estou com medo. – desligaram o telefone.
...
Ben
chegou com a polícia à casa de Bety. Consideraram o caso como seqüestro após
fazerem a perícia.
–
Calma, filha. Vamos encontrar sua mãe, vou fazer de tudo para encontrá-la. –
tentou acalmar sua filha.
Ben mandou ajeitar a janela. A polícia
interditou a casa para voltarem a investigar. Ben levou a filha para morar com
ele enquanto não descobriam o que realmente aconteceu a Bety.
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